Desde cedo desejamos encontrar a nós mesmos. Mas não sabemos quem somos. Só está claro que ninguém é o que gostaria ou o que poderia ser. Daí vem a inveja reles, a saber, daqueles que parecem ter, sim, parecem ser o que cabe a nós. Mas daí vem também a vontade de começar algo novo, algo que começa conosco mesmos. Sempre se procurou viver de acordo consigo mesmo. É dentro de nós que está aquilo que poderíamos vir a ser. Manifesta-se como inquietação de não estar suficientemente definido. A juventude é apenas a manifestação mais visível, mas não a única, desse sentimento. (Ernst Bloch)