12/07/2010

inquietudes da razão e da emoção

Era de se esperar que, em pouco mais de meio século, o mundo fosse sacudido por duas grandes guerras. Uma suposta civilidade consensual, imaginada por teóricos contratualistas como Rousseau, Hobbes e Loke, mostrou-se incapaz de dar conta da multiplicidade de sentidos que o mundo moderno e pós-revolução industrial  experimentavam. Era latente a dificuldade de se lidar com as vontades individuais, as interseções da vida urbana e as intersubjetividades. Quanto mais se buscava um modelo de sociedade, mais distante o homem estava de um sentimento de paz e segurança que lhe foram furtados pela emergência de tornar-se senhor de si mesmo.
Escola de Frankfurt: inquietudes da razão e da emoção parece captar os transbordamentos de uma geração impaciente com os encaixes, modelos e fórmulas idealizados e difundidos como totens de uma nova civilização. Como realça o professor Jorge Coelho, organizador desta coletânea, o mérito dos acadêmicos de Frankfurt estava no olhar crítico e interdisciplinar sobre os projetos sociais que se pretendiam como emancipadores aos seres humanos. Sobre os trabalhos desenvolvidos pela Escola de Frankfurt, o professor lembra que “na tessitura de sua produção teórica”, houve sempre um ponto permanente: “uma desobediência às tradições e uma dessacralização do saber naturalizado como única possibilidade de dar conta do real e que se apresenta como única maneira de constituí-lo”.

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